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Nomeação não resolve problema estrutural na contratação de novos professores

15/03/2013 às 01:12

 Sinduepg entende que a nomeação dos 73 novos colegas docentes é uma excelente notícia. Porém, a situação de admissão de professores efetivos nas Universidades Estaduais mudou radicalmente, e para pior, nos últimos anos. Vagas de professores aposentados, exonerados e falecidos eram preenchidas automaticamente, o que permitia à UEPG dar continuidade a sua atividades de ensino, pesquisa e extensão bem como dar suporte à expansão da pós-graduação. Porém esta é uma realidade que ficou no passado. Os aprovados em concurso estão aguardando dois anos ou mais para serem nomeados o que gera uma grande insegurança para os novos docentes.

A demora na nomeação, faz com que a UEPG corra o risco (desnecessário) de perder os professores aprovados para outras Universidades. Em alguns casos, existe até a necessidade de reeditar concursos gerando mais desgastes e trâmites burocráticos que poderiam ser evitados através de uma política séria de respeito ao Ensino Público no Paraná.

Além disso, o quadro de docentes efetivos fica sobrecarregado enquanto os novos colegas não são contratados. No caso das atuais 73 nomeações realizadas na semana passada, havia uma expectativa de que o anúncio acontecesse antes do início do ano letivo de 2013. Como esse processo só se desenrolou agora, quase no meio do primeiro semestre, a Universidade precisou contratar professores colaboradores para suprir uma demanda de trabalho que já poderia ter sido resolvida de maneira definitiva. Aos professores que aguardavam nomeação, restou entrar na justiça como tentativa de acelerar o processo, o pedido foi negado.

Diante da situação, o Sinduepg foi provocado a encaminhar tentativas de solução. Para ter uma base consistente de discussão, o Sindicato levantou dados junto à várias instâncias universitárias e marcou uma audiência com o Reitor para o último dia 11, segunda-feira. Mesmo com a nomeação garantida, a Diretoria manteve a audiência com o Reitor para encaminhar outras duas questões que estavam na pauta da reunião: A primeira era consultar a Reitoria sobre a possibilidade de se fornecer aos professores que trabalham nos campi avançados um seguro de acidentes pessoais. O Sinduepg recebeu o relato de uma professora que sofreu um acidente ortopédico numa das suas viagens à trabalho e teve de arcar com os custos deste acidente.

A segunda questão era solicitar à UEPG a lista dos professores contratados após 2010 para acrescentar em ação jurídica movida pelo Sindicato que uniformiza a cobrança do desconto da Paranaprevidência em 10% para os professores. A ação pede também a devolução dos valores cobrados acima dos 10%. O reitor João Carlos Gomes se comprometeu a analisar os pedidos.

Sobre futuros concursos e admissões dos professores aprovados, o Reitor se diz otimista no sentido de que o processo de substituição será mais rápido. O Sinduepg acredita que se o processo de nomeação de novos docentes não for mais ágil, a Universidade corre o risco de prejudicar o crescimento da Instituição no que diz respeito à criação de novos cursos e novas vagas para estudantes em seus campi avançados ou ainda na oferta de cursos de pós-graduação com qualidade.