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Governo volta atrás e nega revisão de carreira docente

03/02/2012 às 01:12

O Secretário de Ciência e Tecnologia, Alípio Leal, em reunião com os representantes dos Sindicatos Docentes na manhã de hoje, 03/02, informou que o governo não implementará o reajuste de 31,72%. A declaração do Secretário surpreendeu a todos, uma vez que esta foi formulada com a participação do próprio governo, dos reitores e dos sindicatos.
Cabe lembrar que esta proposta foi anunciada pelo próprio Governo dia 11 de novembro, pelos Secretários de Administração e previdência (Sebastiani) e pelo próprio Secretário de Ciência e Tecnologia (Alípio Leal), na presença dos reitores e representantes Sindicais. Após ter sido anunciada, a proposta seguiu para a Secretaria da Fazenda (Luiz Carlos Hauly) que, ontem, alegou não haver recursos para implementá-la. Lembramos que o índice de 31,72% foi dividido, pelo governo, em três parcelas exatamente para não extrapolar o ?limite prudencial? de gastos com folha de pagamento. Esta informação é contestada pelos dados do Dieese, que demonstram que o ?limite prudencial? ainda não foi alcançado. Isto significa que esta decisão é política e não técnica, como afirma o Governo. Sobre isso, o próprio Secretário Alípio Leal assumiu existir divergência sobre a interpretação dos números que indicam o ?limite prudencial?, mas assumiu a posição do governo Beto Richa, de negar o reajuste salarial docente.
Após a resposta do governo os representantes dos Sindicatos Docentes das IEES (Adunioeste, Sinduepg, Sesduem, Sindiprol e Adunicentro) se reuniram para avaliar a situação. É inaceitável que o governo, depois de apresentar a proposta de reajuste, a retire. É desrespeitoso o fato de o governo Beto Richa requentar o argumento da Lei de Responsabilidade Fiscal contra o reajuste depois de ter, ele mesmo, apresentado a proposta. É lamentável o fato de ter enrolado os docentes (e os reitores) das universidades estaduais do Paraná durante um ano, dizendo que a educação seria prioridade neste governo. E, por fim, que não há outro caminho para viabilizar o reajuste docente que não seja pressionar o governo.
Desse modo, o Sinduepg, em conjunto com os demais sindicatos docentes, propõe uma agenda de paralisações unificadas. A primeira está marcada para o próximo dia 07 de março, com Caravana e Ato Público em Curitiba.

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!