Sinduepg avalia positivamente o Ato Unificado realizado no dia 28 de abril

29/04/2017 às 06:04

          O Ato Unificado realizado na manhã de sexta-feira, dia 28 de abril, reuniu mais de 30 entidades, entre elas sindicatos, movimentos sociais e estudantis, na praça Barão de Guaraúna (Praça dos Polacos). Convocado pelas centrais sindicais, a pauta do ato reforça a posição contrária às reformas da Previdência, Trabalhista e Terceirizações.

               Segundo estimativas da Frente dos Movimentos Sociais de Ponta Grossa, cerca de 2500 pessoas participaram das atividades durante toda a manhã. Inicialmente, sindicalistas, professores da rede pública do estado (das escolas, dos colégios e da Universidade Estadual de Ponta Grossa), representantes dos movimentos sociais e estudantil, representantes das igrejas e frentes populares concentraram-se na praça com faixas e cartazes e falaram sobre os impactos das reformas na vida dos trabalhadores.

              Nas falas, os destaques foram para a retirada de direitos, para o quanto as reformas em curso, algumas já aprovadas no congresso (como é o caso da Terceirização), comprometem direitos adquiridos com duras lutas ao longo da história. Os discursos também denunciaram a forma como o governo e o congresso conduzem o processo sem considerar a necessidade de  discutir as reformas  com a população, uma vez que ela estão sendo votadas às pressas, o que demonstra a intenção  de acelerar um processo, cujo projeto está em conluio com interesses dos grandes grupos da iniciativa privada.

              Ainda na praça, os professores fizeram um minuto de silêncio em ato simbólico que marca os dois anos do Massacre no Centro Cívico. Os professores que estavam naquele dia 29 de Abril na Praça Nossa Senhora da Salete, foram convidados a vir a frente dos manifestantes e segurar as fotos de seus colegas feridos por balas de borracha e cassetetes e emocionados ouviam os depoimentos que diziam jamais esquecer tamanha truculência por parte do governo Beto Richa.

              Na sequência os manifestantes seguiram em passeata até o Parque Ambiental com intervenções artísticas que chamavam a atenção dos moradores e trabalhadores da área central sobre as ameaças que as reformas representam.

              Para a direção do Sinduepg /Andes-SN, a avaliação do ato é bastante positiva, uma vez que reuniu um número significativo de entidades em torno de uma pauta que interessa a todas as categorias que se fizeram representadas. “O momento é extremamente preocupante, os ataques aos direitos trabalhistas não cessam – seja da esfera federal ou estadual – e isso não é esclarecido pela grande mídia que propaga de forma totalmente irresponsável, que as reformas devem beneficiar as classes trabalhadoras. Isso não é verdade! ”, ressalta Rosangela Petuba, presidenta do Sinduepg.