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UEPG PARALISA DIA 20 CONTRA OS ATAQUES DO GOVERNO BETO RICHA

13/06/2017 às 07:06

     Reunidos em assembleia na tarde desta terça-feira, dia 13, os docentes da UEPG decidiram por paralisar em dois momentos neste mês de junho: no dia 20, em defesa das Universidades Estaduais do Paraná contra os ataques do governo Beto Richa; e dia 30 a Greve Geral Nacional, atendendo à chamada das centrais sindicais, no esforço de barrar as contrarreformas da Previdência e Trabalhista, pela revogação da Lei da Terceirização e pelo Fora Temer.

     A paralisação do dia 20 é uma proposta do Comitê em Defesa das IEES-PR em virtude dos bloqueios das verbas de custeio da UEL, UEM e UNIOESTE e o comunicado do governo sobre a inclusão da UEPG e UNICENTRO no Sistema Meta4, incluindo também ações para fazer frente a uma campanha mentirosa e difamatória contra as universidades.

    Os sindicatos das sete universidades paranaenses devem propor, em suas assembleias, paralisações e mobilizações conforme decisão tomada pelo Comitê em Defesa das IEES, as quais estão sendo programadas para acontecer em todo o Paraná, no dia 20 de junho. O grupo amplo de apoio, ao qual integram professores, alunos e técnicos da UEPG, se reúne amanhã, dia 14 de junho, às 17hs na sede do sindicato para organizar as ações das paralisações.

    Na assembleia foi aprovada ainda a doação ao Fundo de Solidariedade às/aos Docentes das Universidades Estaduais do Rio de Janeiro, divulgado pelo Andes-SN: http://www.andes.org.br/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=8859). A campanha foi criada para auxiliar financeiramente os professores das universidades estaduais do Rio de Janeiro que, desde o ano passado, sofrem com atrasos no pagamento dos seus salários.

     A direção do Sinduepg avalia positivamente a deliberação da categoria. Segundo Rosângela Petuba, as deliberações demonstram que a categoria compreendeu a necessidade de luta e resistência frente ao governo Beto Richa. “Não podemos deixar que um governo destrua as nossas universidades. Elas representam um patrimônio dos paranaenses. O projeto de universidade que esse governo defende é da privatização, excludente e voltado para as demandas do mercado. Nosso projeto é por uma universidade pública, gratuita e socialmente referenciada. Por isso vamos lutar e resistir”, conclui a presidente.

    De acordo com o vice-presidente, Gilson Burigo Guimarães, no caso específico de Ponta Grossa e a região dos Campos Gerais, a sociedade civil organizada e a população em geral precisam tomar ciência do enorme prejuízo que se apresenta em curto e médio prazo, caso o projeto do atual governo emplaque. “Representará a perda de recursos atualmente aplicados na economia da região, gerando menos arrecadação e empregos. Levará à redução de vagas na tão sonhada universidade pública, com queda na qualidade dos cursos oferecidos e consequentemente na formação de recursos humanos. E a retirada ou drástica diminuição das ações de um grande responsável pela execução de políticas públicas”.

Comitê posiciona-se contra critérios do governo para resolver a crise com as IEES/PR

      O Comitê em Defesa das IEES, emitiu nota no dia de ontem (12), sobre a reunião com o Secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior - SETI, João Carlos Gomes, e o líder do governo na ALEP, Luiz Claudio Romanelli. Na nota, o grupo questiona a inconveniência do critério colocado pelo governo para encaminhar uma saída da “crise” com as universidades (de que a UEL, UEM e Unioeste encaminhem os dados qualificados para suas inclusões no Sistema Meta4). O comitê entende também que o TIDE docente não pode ser moeda de troca no debate sobre autonomia das universidades.