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Em dia de paralisação professores da UEPG buscam apoio da sociedade contra os ataques do governo Beto Richa

19/06/2017 às 04:06

            Os professores e agentes administrativos da UEPG, em uma ação conjunta com outras Instituições Estaduais de Ensino Superior – IEES/PR, devem paralisar as atividades nesta terça-feira, dia 20, como forma de protestar contra os ataques do governo Beto Richa. Para o movimento sindical, todos os ataques constituem um conjunto de ações sistemáticas que visam ao desmonte do ensino público superior num projeto neoliberal que pretende privatizar as instituições. O alvo principal no momento é a ameaça à autonomia universitária através da imposição de inclusão das IEES ao Sistema Meta-4 e do entendimento do TIDE como gratificação (e não como regime de trabalho, como historicamente entendido pelo Estado).

            O principal objetivo dessa paralisação é chamar a atenção da comunidade universitária e também dos paranaenses para a gravidade desse quadro: as universidades estaduais do Paraná representam um sistema de ensino público superior de referência nacional e as ações do governo Beto Richa, sintonizadas com o posicionamento do governo federal, ameaçam o direito de milhares de jovens ao acesso à universidade pública, gratuita e de qualidade.

            Organizados em equipes de professores das diferentes áreas de conhecimento, a intenção é conversar com alunos do Ensino Médio sobre o que é a UEPG. Mostrar o que ela representa em números, a amplitude de cursos ofertados, o quadro docente, sua estrutura e os serviços prestados à comunidade. “Desde a decisão tomada em assembleia, produzimos material com informações muito claras de como a UEPG é importante para o desenvolvimento do nosso estado em diversos aspectos: social, econômico e cultural. Em outras cidades, como Maringá, o reitor chamou a comunidade para essa defesa. Aqui em Ponta Grossa, nós entendemos que o movimento sindical pode fazer isso no esforço de buscar o apoio para uma luta que entendemos ser de todas e todos”, afirma a presidente do Sinduepg, Rosângela Petuba.

            Para a direção do sindicato, as ações não devem se resumir ao dia de paralisação. Na sequência, outras atividades serão realizadas no sentido de promover o debate para além dos muros da UEPG. “É fundamental que os paranaenses estejam informados sobre o papel das IEES/PR no desenvolvimento do nosso estado. Ao contrário do que diz o governo, as universidades não devem ser entendidas como um custo, mas sim como um investimento de qualidade, com retorno garantido. Juntas, as sete universidades estaduais produzem conhecimento e pesquisas de referência nacional, bem como uma série de serviços que atendem milhares de cidadãos através dos projetos de extensão, inclusive em situações que os outros setores de atuação do Estado não alcançam”, destaca Gilson Burigo, vice-presidente do Sinduepg.