Telefone
42.99867-9943

E-mail sinduepg@sinduepg.com.br

Calote na data-base pode se estender até 2019

10/07/2018 às 08:07

            Na manhã desta terça-feira (10), a governadora Cida Borghetti (PP) retirou a mensagem 27/18 que previa reposição de 1% da inflação para servidores do Poder Executivo. A mensagem estava na pauta para a aprovação na Assembleia Legislativa do Paraná.  A previsão é que essa discussão seja adiada para depois das eleições que acontecem em outubro deste ano. Em assembleia da categoria realizada em 02 de julho, professoras e professores da UEPG repudiaram o índice proposto, uma vez que as perdas somam, atualmente, 11,53%.

Proposta do governo

      Durante sessão realizada ontem, a Comissão de Constituição e Justiça - CCJ, avaliou e aprovou seis projetos de reajuste do funcionalismo público estadual encaminhados para a Assembleia Legislativa do Paraná - ALEP. Cinco desses projetos foram propostos pelo Tribunal de Justiça, Ministério Público, Tribunal de Contas, Defensoria Pública e pelo próprio Legislativo, com a previsão de 2,76% de reposição da inflação do último ano. O sexto projeto, de autoria do governo (Richa)Cida, diz respeito aos servidores do Poder Executivo e propõe o índice de apenas 1% para o reajuste.

Posicionamento da categoria

      A proposta de 1% de reposição na data-base encaminhada pelo governo (Richa)Cida foi repudiada por professoras e professores da UEPG, em assembleia realizada no dia 02 de julho.  

      Segundo cálculos do professor Artur Lourival da Fonseca Machado (vice-presidente da ADUNICENTRO), desde 2016 as perdas salariais acumulam o percentual de 11,53%. Conforme indica o cenário, essa definição pode ser adiada para 2019, tendo em vista o período eleitoral. Nesse caso, a estimativa é que o índice acumulado deve chegar a 16,62%.

     A estratégia do governo em retirar o projeto para que não seja votado no plenário da ALEP, representa mais uma manobra de estratégia política para evitar perder na votação do plenário, uma vez que mais de 30 deputados da bancada independente e da oposição, assinaram a emenda que previa o índice de 2,76% para todas as categorias.