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SINDUEPG REBATE PROPOSTA DE REAJUSTE PARCELADO DO GOVERNO DO ESTADO

03/07/2019 às 05:07


Os servidores estaduais realizaram na manhã desta quarta-feira uma Marcha Unificada, atividade que reuniu grevistas no centro de Ponta Grossa. A manifestação teve a presença do Sindicato dos Docentes da UEPG (SINDUEPG), professores da educação básica (APP-Sindicato), Sindicato dos Técnicos e Professores da UEPG (SINTESPO), entre outros representantes e trabalhadores da região, e foi coordenada pelo Comando de Greve. Na oportunidade, o SINDUEPG rebateu a proposta de reajuste de 5,09% parcelados até 2022 apresentada pelo Governo Ratinho Junior (PSD).

Marcelo Ubiali Ferracioli, presidente do SINDUEPG, considera inaceitável a proposta de reposição oferecida pelo Governo. “É absolutamente inaceitável, para não dizer ultrajante. 5,09% divididos em quatro anos e condicionados à arrecadação do Estado é humilhar professores e demais funcionários da Educação Básica e das Universidades, profissionais da  saúde e segurança. Ter a coragem de anunciar 0,5% para correção nos salários em outubro deste ano é abuso a todo funcionalismo público, que já acumula 17,04% de perdas da inflação desde 2016. Quanto o governo gasta em propaganda para a própria imagem? Não vamos recuar! Temos de manter a união na greve para derrotar os abusos do Governo Ratinho Junior já no início da gestão", defende. “O movimento continua, pois nossas pautas não foram atendidas de nenhuma forma”, finaliza.

Ferracioli acrescenta que o movimento teve grande adesão, não apenas de professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), mas também de professores da educação básica e outros sindicatos e categorias do funcionalismo da região. “O governador Ratinho Júnior disse que a greve era pequena, fraca. Nós tivemos segunda-feira, 1º de julho, em Curitiba 15 mil pessoas se manifestando, defendendo nossa pauta conjunta. Demonstramos de maneira bastante clara que o movimento não é fraco. Pelo contrário, é muito forte e está crescendo cada vez mais. Estamos nas ruas defendendo nossos direitos”, aponta. Ele comenta, ainda, que após as caravanas dos servidores de várias cidades do Estado em Curitiba, é natural que as marchas aconteçam nas cidades. “Aqui em Ponta Grossa, tivemos a marcha com participação não só de professores de Ponta Grossa, mas da região como um todo”, assinala.

A reposição salarial, uma das principais reivindicações de todos os servidores públicos estaduais, não acontece há 42 meses. Durante o ato na manhã desta quarta-feira, os professores da educação básica reforçaram a precarização das condições trabalho, já que os salários não acompanham o crescimento da inflação. Eles também destacam, entre as causas levantadas, a retirada imediata do PLC 04/2019, que congela orçamentos de instituições estaduais, e o arquivamento do anteprojeto de Lei Geral das Universidades, que restringe ainda mais a autonomia universitária e figura como um anúncio do início do processo de privatização das Universidades Estaduais do Paraná. 

No período da noite desta quarta-feira, 3, acontece um Painel sobre a Lei Geral das Universidades, que terá como painelistas os deputados estaduais Professor José Lemos (PT) e Arilson Chiorato (PT), e da professora Carina Alves da Silva Darcoleto, do Departamento de Educação da UEPG. A programação tem início às 19 horas no Auditório do PDE, no Campus Uvaranas.