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PROFESSORES E ESTUDANTES PARTICIPAM DE ATO PELA EDUCAÇÃO

13/08/2019 às 04:08

 


Professores e estudantes da UEPG, em greve, participaram nesta terça-feira, 13, de ato que faz parte da agenda do Dia Nacional em Defesa da Educação Pública e contra a Reforma da Previdência por todo o país. A concentração aconteceu no Campus Central da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e teve a presença de representantes do Sindicato dos Docentes da UEPG (SINDUEPG) e Diretório Central dos Estudantes da UEPG (DCE-UEPG) e integra as atividades da Greve.

“O protesto de hoje faz parte das atividades da nossa greve na UEPG e também incorpora ações que estão acontecendo no Brasil inteiro. Hoje é um dia de greve nacional pela Educação. Queremos mostrar ao Governo Federal e Estadual que não aceitamos esse projeto social que eles querem impor para a sociedade, que é privatizar a nossa aposentadoria, a educação pública e a saúde pública. Não vamos aceitar, vamos lutar”, defende o tesoureiro do SINDUEPG, Arcelio Benetoli. Ele relembra que o primeiro semestre deste ano houve uma agenda de protestos e paralisações nacionais. “O dia de hoje faz parte de um calendário de mobilização para tentarmos barrar esses ataques. Ainda denunciamos as grandes centrais sindicais que não estão chamando pra luta, pra greve; estão traindo a classe trabalhadora negociando nos gabinetes do parlamento brasileiro. Este não é o melhor caminho”, acrescenta.

Durante sua fala, o professor Paulo Mello, do Departamento de História, reforçou a rechaça dos professores à minuta da Lei Geral das Universidades (LGU), que teve nova versão divulgada nesta segunda-feira, 12. O arquivamento da LGU é uma das reivindicações da pauta da greve, que acontece desde o dia 27 de junho. “A aprovação da LGU vai transformar profundamente as estruturas das Universidades tal qual como conhecemos, públicas e gratuitas, até agora no Paraná. Vai implicar a destruição de bases que foram conquistadas pela sociedade e movimentos sociais de manutenção dessas estruturas. É preciso exigirmos que esse debate seja qualificado e público, em espaços de arena, onde todos possam participar, toda a comunidade, os estudantes, os funcionários, os professores e a comunidade externa. Não podemos deixar que o debate seja atrofiado, apenas em bastidores, em salas de estudo. Eu quero o debate às luzes, às claras. É isso que nós exigimos, essa é a nossa luta, parte de uma luta muito maior”, defende.

“A ciência brasileira é desenvolvida nas Universidades Públicas e nas pós-graduações. Se não temos esse reconhecimento do próprio Governo Federal e Estadual, a ciência vai declinar e podemos chegar a um ponto, como já aconteceu em outros momentos, de ter um boicote total à ciência e educação, que são importantes para o futuro do país, inclusive para a questão econômica”, destaca a professora Christiane Borges, do Departamento de Química da UEPG.

O ato desta terça-feira contou também com a organização da Frente Ampla Democrática (FAD), que integra sindicatos, movimentos sociais e de estudantes em Ponta Grossa.