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SINDUEPG INTEGRA ATO PELA DEMOCRACIA

06/11/2019 às 07:11


O Sindicato dos Docentes da UEPG (SINDUEPG) participou nesta terça-feira, 05, de ato em defesa da democracia no campus Central da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). A manifestação foi convocada pela Frente Ampla Democrática (FAD) e teve a presença de estudantes, professores, trabalhadores e sindicalistas. As principais reivindicações foram questionamentos a respeito do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e sobre o direito à democracia.

“Hoje o SINDUEPG está aqui neste dia de protesto, porque como sindicato, está integrado ao movimento sindical nacional, que está na vanguarda na luta não apenas por direitos dos trabalhadores, salários, condições de trabalho, mas também pelas liberdades democráticas”, destaca o tesoureiro do SINDUEPG, Arcelio Benetoli. “O que aconteceu com Marielle jamais pode passar em branco. Precisamos que os responsáveis sejam identificados e punidos. Estamos aqui para exigir justiça por Marielle, por Anderson, por Ágata, por todos aqueles lutadores que doaram sua vida pelo movimento”, defende.  “Não podemos deixar que uma mulher, negra, lésbica, lutadora dos movimentos sociais, uma trabalhadora seja alvejada de balas, com uma morte profissional, e depois de 600 dias a gente ainda não saiba quem são os responsáveis”, afirma Benetoli. “Nós queremos exigir justiça, ter o direito de viver numa sociedade civilizada e lutar pacificamente pelos nossos direitos sem correr o risco de morrer. Se uma parlamentar carioca pode ser morta desse jeito, imagine nós. Precisamos passar a limpo essa história”, finaliza.

“Essa semana foi o principal ataque às conquistas sociais e democráticas, com o anúncio pelo filho do presidente ameaçando os movimentos sociais com o Ato Institucional-5, a grande repressão. Essa ameaça não é só direcionada a um setor da sociedade, mas a sociedade como um todo. Por isso, estou aqui para protestar”, defende Katya Picanço, que esteve no evento representando a diretoria estadual do SINDUTF-PR, sindicato dos docentes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Ela destaca a mobilização nacional contra os ataques do Governo Federal à democracia.

“A morte de Marielle foi uma morte política. Agora, está se construindo um contexto histórico de bastante repressão às lutas. Eles têm visto como o povo tem poder, força de mobilização. Acredito que esse ato de hoje, aqui na cidade que, ao meu ver, é bem conservadora, é bem importante. Reforçamos a força de mobilização dos estudantes, dos sindicatos, dos trabalhadores como um todo. Essa é a importância do ato de hoje, visto que ele foi convocado pela Frente Ampla Democrática, que tem um contato maior com coletivos, partidos políticos, sindicatos”, destaca a coordenadora geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UEPG, Evelyne Takii.  

“A importância de atos como esse pelo país inteiro, principalmente em Ponta Grossa, diz respeito à importância da forma que a gente consegue conversar com as pessoas, mobilizar e conscientizar sobre o que está acontecendo no Brasil. É um espaço coletivo, de diálogo, de expressar as angústias, apontar caminhos. A gente não vai conseguir construir nenhuma saída eficiente para o Brasil diante dessa crise política e social que a gente vive de forma individual”, comenta a egressa da UEPG e professora, Ana Paula de Melo. “É essencial no sentido de unir forças, mostrar saídas, para que quem está angustiado, não está satisfeito, veja aqui um espaço de construção”, finaliza.