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NÃO À REFORMA ADMINISTRATIVA QUE VAI DESTRUIR OS SERVIÇOS PÚBLICOS NO BRASIL

30/09/2020 às 09:09

 


Com o falso discurso de acabar com os privilégios do funcionalismo público e de “modernizar” o Estado, a reforma administrativa de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, defendida por Rodrigo Maia e demais parlamentares, e também ferrenhamente defendida pela mídia privada e pelo poder judiciário, vem para precarizar o trabalho dos servidores públicos, enquanto preserva intacto os privilégios de políticos, militares e juízes.

Bolsonaro, que já provou reiteradas vezes que é um grande servo do grande capital nacional e internacional, não se contentou em acabar com aposentadoria da classe trabalhadora através da reforma da previdência no ano passado. Hoje as viúvas da COVID19 estão sem aposentadoria devido à reforma da previdência de Bolsonaro. Os recursos públicos que eram destinados a aposentadorias e seguridade social (licença saúde, aposentadoria por acidentes, invalidez, etc) vão ser agora entregues de mãos beijadas ao sistema financeiro, ou seja a meia dúzia de banqueiros. O mesmo será feito com os recursos que eram para pagar servidores públicos, vão ser destinados ao grande capital.

 

Agora a extrema direita quer deixar a população brasileira que já enfrenta um enorme nível de desemprego, que já não tem direito a aposentadoria, sem serviços básicos essenciais de qualidade. A reforma administrativa visa precarizar o trabalho, reduzir os salários dos servidores públicos, para depois tentar abaixar ainda mais os salários na iniciativa privada. Não podemos aceitar este ataque nas condições de trabalho de nenhum servidor, principalmente daqueles que atuam na saúde, na educação e na seguridade social. Bolsonaro almeja novamente desferir um grande ataque direto aos trabalhadores e assim fragilizar os serviços de saúde e educação, abrindo caminho para a completa privatização desses serviços no futuro próximo.

A extrema direita e seus porta-vozes na grande mídia privada tentam dividir os trabalhadores dizendo que esta reforma não vai afetar os servidores da ativa. Grande engodo. Assim como eles já preparam uma nova reforma da previdência para incluir aqueles que ficaram de fora, uma vez aprovada esta precarização para o trabalho dos futuros servidores públicos, será apenas uma questão de tempo para incluir todos nas péssimas condições de trabalho tão sonhadas pelo banqueiro Paulo Guedes. Tampouco ela se restringe aos servidores federais.

Assim como a reforma da previdência, o desmonte da administração pública vai ser expandido para todo(a)s os servidore(a)s público(a)s, estaduais e municipais.

Basta de letargia do movimento sindical e do movimento docente. Está na hora de organizar a comunidade acadêmica em sua totalidade, professore(a)s, estudantes e funcionário(a)s contra os ataques da extrema direita e demais capitalistas que almejam fazer a classe trabalhadora pagar pela crise econômica que eles mesmos criaram.

Não à reforma administrativa de Bolsonaro e Guedes.

Basta de ataques à saúde, educação e à seguridade social.

 

Direção SINDUEPG

Ponta Grossa, 30 de setembro de 2020.