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RATINHO JUNIOR SEGUE BOLSONARO NO ATAQUE ÀS(AOS) SERVIDORA(E)S PÚBLICA(O)S E NO FORTALECIMENTO DO APARATO REPRESSOR DO ESTADO

13/11/2020 às 05:11

 


O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), segue o presidente de extrema direita, Jair Bolsonaro (ex-PSL, atualmente sem partido), quando se trata de atacar funcionários públicos e de fortalecer o aparato repressor do Estado. Na quinta-feira (11/11), Ratinho Junior assinou despacho que autoriza pagamento de todas as promoções e progressões dos quadros e carreiras em 2020 para sete áreas do funcionalismo público, mas excluiu a educação básica e a ampla maioria da(o)s servidora(e)s pública(o)s nas sete Universidades Estaduais.

O despacho de Ratinho Junior contempla unicamente a segurança pública e saúde, ferindo o princípio da isonomia no serviço público. No início da pandemia de COVID-19, Ratinho bloqueou qualquer progressão e ascensão na carreira do servidor no Estado do Paraná. A medida intensificou o arrocho salarial em todo funcionalismo público, já sob o peso do congelamento dos salários até dezembro de 2021 determinado pelo então presidente postiço Michel Temer (MDB). As perdas salariais pela inflação desde 2016, ainda com o arrocho de Beto Richa (PSDB), permanecem acumuladas, com grandes prejuízos no poder de compra do salário do(a) trabalhador(a) público(a).

Hoje, todo o funcionalismo público do Estado do Paraná contribui com uma alíquota muito superior à contribuição correspondente ao teto da aposentadoria que irá receber no futuro (teto do INSS). Isso porque a reforma da previdência estadual no Paraná foi mais voraz em retirar de quem trabalha para dar aos parasitas do sistema previdenciário, previsto a ser totalmente privatizado no futuro breve.

O tratamento diferenciado ao funcionalismo público por Ratinho Junior – no caso a segurança pública – visa fortalecer o aparato repressor do estado do Paraná. Na mesma lógica, está o projeto de militarização das escolas. Ratinho Junior tenta retirar todo e qualquer vestígio de democracia dos colégios e escolas estaduais, com impedimento às eleições para diretoria, concedendo esses cargos administrativos para militares aposentados. Na mesma linha de Jair Bolsonaro, que sempre tenta colocar militares aposentados em postos que deveriam ser ocupados por servidores públicos civis concursados (vide a tentativa no INSS).

Ratinho Junior e Bolsonaro sabem que, além da crise sanitária em curso, uma gigantesca depressão econômica se desenvolve. A situação, que já era desesperadora para milhões de brasileiros desempregados e alentados antes da pandemia, pode ficar ainda pior. Sem políticas públicas para o bem-estar social e totalmente obedientes ao grande capital interno e externo, a única alternativa que lhes resta é a repressão das possíveis convulsões sociais que se avizinham. É por esse motivo o fortalecimento do aparato repressor do Estado.

Neste sentido que foram autorizadas as progressões e ascensões de policiais e militares no Paraná. Quem vai reprimir as greves da(o)s professora(e)s e demais trabalhadora(e)s? Ratinho Junior reestabeleceu o direito dos servidores da saúde de seguirem com ascensões e progressões. Somos totalmente de acordo que trabalhadora(e)s da saúde gozem desse direito. Mas exigimos o respeito também às(aos) profissionais da educação!

Ratinho Junior e Jair Bolsonaro não escutam os apelos dos oprimidos e da classe trabalhadora. Provam continuamente que são serviçais do capital. Somente a luta de classes vai poder impedir que prossigam destruindo os serviços de saúde e educação, entregando os serviços e empresas estatais – com a recente privatização da Copel Telecom, uma das maiores empresas de banda larga do Brasil – para o setor financeiro e megaempresarial e fortalecendo os serviços de repressão, com prejuízos irreparáveis para todos os paranaenses.

Pelo pagamento imediato de todas as promoções e progressões também às(aos) trabalhadora(e)s da Educação, do ensino básico às Universidades Estaduais! Isonomia já!

Diretoria SINDUEPG, Ponta Grossa 13 de novembro de 2020.